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07-09-2012

“Só queria defender a minha família”



O julgamento começou ontem, no Tribunal de Anadia, perante um colectivo de juízes e oito jurados, onde António Ferreira da Silva, de 65 anos, é acusado de alegadamente ter morto a tiro o ex-companheiro da sua filha (juíza), o advogado Cláudio Mendes, na sequência de uma visita que este fazia à sua filha menor (de acordo com o estipulado na lei), num parque público da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro.
Durante a primeira sessão do julgamento, António Ferreira da Silva fez questão de falar, historiando todo o longo processo que resultou neste fim trágico. Começou o seu depoimento manifestando arrependimento e pedindo desculpas à família da vítima, referindo, desde logo que “o Cláudio, sendo uma pessoa que estava doente, não poderia ter tido este fim… deveria ter sido tratado num hospital”. O arguido sublinhou que tinha sido “muito amigo do Cláudio” e que as coisas correram bem entre todos até “o Cláudio ter empurrado a minha filha na sequência de uma discussão banal entre eles”.
Relatando a sucessão de acontecimentos no relacionamento entre a vítima, a sua filha e a família, António Ferreira da Silva argumentou que o comportamento de Cláudio Mendes foi-se tornando mais complicado, afectado por problemas psiquiátricos da vítima, como o podem atestar relatórios médicos existentes.

Cenário previsível de conflito
Quanto ao que se passou no fatídico dia 5 de Fevereiro, data a que reporta o acontecimento que vitimou Cláudio Mendes, o arguido alegou que levou a arma consigo “porque me senti desconfortável” face a um cenário de previsível conflitualidade entre as partes que se vinha agravando. “Estava ali um homem doente (Cláudio), ele agrediu a minha tia e disse que ia acabar comigo, ele levou a mão ao bolso e eu vi ou visualizei que ele tinha uma arma no bolso, pensei que nos ia matar a todos, nesse momento, a minha cegueira foi total e o instinto de defesa levou a minha cabeça a explodir. Não vi mais nada, comecei a disparar e só parei quando acabaram as munições, e disse,acabou. Só queria defender a minha família de uma pessoa que estava doente e devia ser tratada”, relatou António Ferreira da Silva que diz que não lhe sai da memória a imagem de Cláudio Mendes no chão.
Assumiu a autoria dos disparos e afastou perentoriamente a hipótese de os ter feito para assustar: “Com um único tiro deveria cair e como não aconteceu, pensei que não lhe tinha acertado. Depois continuei a correr e a disparar. Não há nada de racional e pensado”.


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